terça-feira, 27 de maio de 2014

Mereço o avesso

Talvez eu exagere as vezes
Com filosofias, psicologias, poesias ou afins
É que eu sou mesmo afim
De questionar
De fazer pergunta aos seus próprios eus
Ou aos meus

Isso toca
Incomoda
Vira do avesso
E eu sei que mereço
Me jogar na altura que quiser
Sem medo
Sem pensar e naugrafar as minhas próprias vontades
Ou as suas

Se for tarde
Eu reconheço
Que o preço
Foi que pensei demais
E vivi menos

terça-feira, 20 de maio de 2014

A gente
Se ajeita


Há gente
Se há tanto jeito


De verdade e mentiras somos feitos
A gente combina ao nosso tempo
Ao nosso jeito

sexta-feira, 16 de maio de 2014

De Frida pra mim

A tinta escorreu sobre a tela
  Discorreu choro e riso
Sobre a vida de quem desafiou o que podia


Frida

Ao chegar em casa é seu cheiro no meu cobertor
Resto do filme que eu dormi sem assistir
E sabe se lá se ainda está por aqui


Os pincéis e mazelas
Me encheram a alma de angústia poética
E Em cada aquarela
Eu sofria com seu coração


Ah Frida
Vida dura
Eu também não quero mais voltar quando me for
  Também quero que seja festivo e em meio ao fogo


Mas não quero ser artista
E nem doer de amor





quarta-feira, 7 de maio de 2014

São Pedra

Todo dia era dia de São Pedro
Desde quando pedra virou
Se desvencilhou
E chovia todo dia dentro dela

No sonho ele era miragem
E por dentro dela só temores
E um tanto de, porque?
De tāo profundo
Preferia o em baixo das cobertas
A pensar nessa vida

Era ansiedade
Coração a 180
Feito um vendaval
Aquela tempestade
Fazia-se dentro a fora

Seus dedos e peito tremiam
Era quase um ser infartado
E uma certeza de que o santo voltaria a lhe abençoar com amor

Sentia-se fraca
Não se alimentava
Era apenas água
Soltava fumaça uma atrás da outra feito um desmatamento
E se deixava sentir
Como são pedro a ensinou

Era as dúvidas de idealizações
Que acabou o que se tinha
Sozinha
Agora a árvore é só ensopados, granizos de pedra, de pedro são
Nada sã
Segue enfrente
Um tanto descontente
Quem sabe um sol amanhã?

Fiz tempestade pra São Pedro viver
Eu juro, foi sem querer
Me retribuiu com trovões e dias nublados
sem nem saber
nunca mais fez sol em mim

terça-feira, 6 de maio de 2014

Por Ananda Araujo

 







"A vista da frente é que mostra a lente
o que ela vê 
só ela sente"





Por Ni Brisant


Amor!