quinta-feira, 31 de julho de 2014

NÃO! Não me conformarei com as ladeiras
Nem com a cara de canseira do meu povo
Não aceitarei que quem nasce pobre precisa morrer assim
E nem que tudo tem que ser tão sofrido pra quem é daqui
NÃO!
Não apoiarei os pais com má vontade nas escolas de seus filhos
Nem professores cumprindo protocolo
E nem a desorganização da civilização que a desigualdade arrastou

Podem me colocar pra baixo com pessimismos
Podem tentar ofuscar as minhas vontades de jovem sonhadora
e podem até dizer que não sei de nada
mas não ficarei parada!!!

Não vão me oprimir
Não aceitarei poesias de luta só no papel
Não apoiarei fomentos de nada se não for na prática poder de mudança ao próximo
Não estarei com pessoas que pensam mais em suas causas partidárias e em criar mais guerras, do que em juntar todo mundo pra sermos uma única força
Não serei coletivo se a ação não fizer jus a palavra

Sei que minha coragem não virá todos os dias e por mais que chore a ponto de abandonar tudo que idealizo
Farei tudo antes de dormir
Pra que no amanhecer de uma nova luta
Minha coragem venha
E venha
Das mesmas existentes ladeiras
Das mesmas caras feias
Do crime
Da morte
Do frio dos morros
Das ruas
Do funk
E da forma apaixonante que, apesar de tudo, vive meu povo!

(Das minhas orações incompletas)




Gostaria de parar de pedir desculpas
De ser desculpa
De dar desculpa
de desculpar
Sem culpa

Minto e fico

Vou arrumar meu quarto e deixar tudo pronto
Vou me suicidar antes da meia noite pra não esperar outro dia
Vou amanhecer seca, fria e nua

Vou amortecer meus sentimentos surdos aos meus gritos
Vou despejar sobre o universo meus pensamentos avassaladores
E vou ser no meu caminho sei lá pra onde
Eu

Dói não ser como queríamos que fosse
Dói o não controle
Dói como futuro e passado
Nos prende feito bigornas no chão quente de um deserto
Queima até as cinzas
Mas não desinfeta
Não se cura

A gente passa
E algo nos mostra que o final ou é ir ou é ir
Não tem outra opção
Cada um tem a sua
Cada vida é muito curta
E eu?
Eu minto

E fico por aqui

sábado, 19 de julho de 2014

Esperou tanto 
que continuou esperando

sexta-feira, 18 de julho de 2014

As direções estão aí
viver, fazer e ser
Ou se encolher dentro de si
De si, de mim, de existir
Dentro dos medos, parafusos, loucuras, mentiras e enganos
Pela manhã um sosso eu te amo
Passam-se os dias, semanas e milésimos
Algo grita insistentemente: Saí!
Antes da noite o universo vem repleto de infinitos subjetivos
Caminhos inversos
Recomeços sem explicações
E a vida simplesmente segue
Tão sossa quanto o eu te amo pela manhã
E eu ingrata busco não sê-lo
E já não é mais notório em mim o que fazer
Da confusão tiro meu sustento
A coragem vem em meio às lágrimas e algumas desistências
Pode ir, não pretendo te seguir
Eu fico por aqui a ouvir os desesperos inaudíveis a qualquer outro ser
Buscando me encontrar dentro das próprias dores que me atacam todos os dias
Dores alegres e outras nem tanto
Por enquanto
Sou só eu e o tempo


(dos desabafos, um tanto verdadeiro, outro tanto triste e uma parte exagerada)

quarta-feira, 16 de julho de 2014


tem coisa que é só da gente
e só,
dói na gente

terça-feira, 15 de julho de 2014

É fato meu e consumado 
Que ele só volta 
Quando tudo estiver claro e sol 
Quando o caminho estiver aberto e eu chegar a ser simplesmente, eu 
Quando amar mais os meus cães 
Quando a direção não mais chorosa for o coração 
E quando viver não bastará sem que eu esteja lá 
Ou aí,
Quando eu perdoar mais 
Esquecer os orgulhos calmorosamente 
E dirigir-me ao que me pertence 
Ao que me merece 

Sendo então eu humana 
Talvez fique aqui com meus justos defeitos 
E Ele nunca volte